Audiência no Ministério do Trabalho pode dar fim à greve dos vigilantes bancários
Reunião está marcada para esta quarta-feira, às 10 horas da manhã no Rio de Janeiro
A audiência marcada para às 10h desta quarta-feira (28), na sede do Ministério do Trabalho, no Rio de Janeiro, pode pôr fim à greve dos vigilantes bancários, que dura mais de um mês. Os diretores da Federação dos Vigilantes do Estado do Rio esperam entrar em acordo com o sindicato patronal, que representa as empresas que prestam serviços de vigilância para os bancos.
A greve começou em 24 de abril. De lá para cá não houve acordo entre as partes. Na quinta-feira (22) da semana passada, os representantes da categoria se encontrariam em audiência marcada no Ministério Público. Encontro no qual o patronal não compareceu.
Cabofrienses seguem nas filas dos bancos
Enquanto patrões e vigilantes de banco não se entendem, quem paga a conta é a população. Filas maiores do que o comum e limitação de serviço tem causado transtornos para os clientes. A dificuldade em retirar dinheiro está deixando algumas pessoas no aperto.
"Está complicado. O dinheiro só entra (no banco), não sai. Estou sem receber desde o dia cinco. São vinte dias sem pagamento porque perdi meu cartão antes da greve e ele não chega. Sem ele, eu não consigo sacar na boca do caixa", disse Beto Rocha, mergulhador de Arraial do Cabo, que tentava resolver o problema na manhã desta terça-feira (27).
Para o aposentado Waldenen dos Santos, 77, quem perde é a economia. Ele acredita que a paralisação reduz a quantidade do dinheiro em espécie circulando e afeta o comércio.
"Está prejudicando principalmente o comércio. O dinheiro está circulando menos. As minhas coisa, até consigo resolver. Com mais morosidade, dificuldade, mas acabo conseguindo. As filas nos caixa eletrônicos também estão maiores"
Para alguns, raros, a paralisação faz pouca diferença. A dona de Casa Adriana Pereira conta quase não precisar das agências bancárias e a greve, para ela, não tem gerados muitos transtornos.
"Quase não faz diferença para mim. Vou tentar uma transferência e já me informei que o caixa pode fazer isso para mim", disse Adriana Pereira, ao entrar em uma das agências que seguem abertas com atendimento limitado ao público.
Fonte: RC24H