Casal acusado de abandonar filhos para ir ao forró é indiciado e liberado em Araruama

Prisão aconteceu na noite de domingo (25), depois que policiais encontraram as crianças abandonadas e doentes

O casal preso, em Araruama, por abandonar os seis filhos trancados dentro de casa para ir ao forró, foi liberado no fim da tarde desta segunda-feira (26). A alegação do delegado titular da 118ª DP (Araruama), Mário Monerat, é que sem o flagrante, não teve como manter Dione Monteiro da Silva, 29, e Adriana dos Santos, 28, presos. Para ele, a questão é muito mais social do que criminal e, por essa razão, a lei não prevê detenção para os pais. 

O casal foi detido depois que vizinhos denunciaram o abandono das seis crianças, numa casa abandonada, no loteamento Lourival Carvalho, na estrada do Carijó, no distrito de São Vicente. Local onde o sargento da Polícia Militar, Euclides Ribeiro, encontrou, uma menina de 12 anos, um menino de sete, outras duas meninas de 4 e 5 anos, mas dois bebês, um de um ano e outro de apenas dois meses. A crianças estavam desde sexta-feira (23) trancadas em casa sem comida, água e energia elétrica.

Extremamente sensibilizados, os policiais militares retiraram as crianças que estavam desnutridas e doentes, da casa e as levaram para o Hospital de São Vicente e acionaram o Conselho Tutelar. Logo depois de ter deixado as crianças na unidade de saúde, uma busca foi feita na região pelo casal responsável pelas crianças. Segundo Euclides Ribeiro, moradores da região indicaram um bar onde os pais dos menores poderiam ser encontrados. Ao chegar no local, a polícia encontrou os dois conversando.

Os dois foram levados para a delegacia, onde foram indiciados. Mas a falta do flagrante colaborou para a liberação do casal. Segundo o delegado, se os dois fossem pegos chegando em casa, onde os filhos estavam abandonados, seria mais fácil mantê-los presos. Além disso, os dois se apresentaram para a polícia, o que contou a favor deles. Adriana e Dione perderam a guarda dos seis filhos, que devem ficar com os avós depois que deixarem o hospital.

Fonte: RC24H

 

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