Comandante do 25º BPM participou de reunião na Capital para definir ações durante greve da Civil

Nesta quarta-feira (21) policiais civis farão apenas atendimento à ocorrências, mas investigações serão paralisadas

O comandante do 25º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Ruy França esteve reunido durante todo esta terça-feira com a cúpula da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, na Capital.

A reunião foi convocada para traçar estratégias de ação da PM durante todo o dia de amanhã, quarta-feira (21), quando os policiais civis do Estado participam de uma paralisação nacional da categoria.

A intenção do comando da PM é manter a sensação de segurança da população, mesmo com a paralisação dos policiais civis, uma vez que é a PM a responsável pelo patrulhamento e por ações ostensivas, ou seja, os policiais militares continuarão presentes nas ruas e realizando operações, se necessário.

Vale ressaltar que o serviço do disque denúncia e o 190 estarão funcionando normalmente.

 

Paralisação 

Policiais civis do Rio de Janeiro resolveram aderir à paralisação nacional da categoria e vão cruzar os braços amanhã, quarta-feira (21), por 24 horas. A decisão foi anunciada por dois sindicatos, que garantem que a assembleia marcada para a quarta está mantida. Nela, a categoria vai decidir se faz ou não greve. O comissário Fernando Bandeira, do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Rio (Sinpol), disse que a expectativa é de que mais de 60% dos agentes não trabalhem, e que a categoria vai respeitar a norma de que 30% de efetivo tenha que trabalhar normalmente.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio (Sindpol), Francisco Chao, os agentes vão atender todas as ocorrências de violência, como roubos, estupros e homicídios, além de prisões em flagrantes. No entanto, nenhuma investigação será realizada neste dia. “Nossa tentativa de negociar com o governo já dura um ano. O ex-governador Sérgio Cabral nos recebeu em dezembro e prometeu conversar, mas empurrou o caso para o atual, Luiz Fernando Pezão. Até agora não tivemos nenhuma resposta e o clima de insatisfação é muito grande na categoria”, afirmou Chao.

O complexo de delegacias Cidade da Polícia, no Jacarezinho, foi o local escolhido como ponto de encontro da categoria no dia da paralisação para discutir a situação. Dali, eles partem para o Clube Municipal, na Tijuca, onde haverá assembleia às 19h.

A remuneração base de um policial em início de carreira, gira em torno de R$ 939,14. Com as gratificações por tempo de serviço, cargo e do programa Delegacia Legal, pode chegar a R$ 3.700. A categoria quer que este último benefício, de R$ 850, seja incorporado ao salário, entre outras reivindicações.

Em nota, a Polícia Civil diz que considera inadequada a paralisação porque há negociação em andamento. “Todas as medidas necessárias visando o bom atendimento à população serão tomadas pela chefia, que acredita no bom senso da categoria para manter o canal de negociação aberto”, diz o texto. Cerca de 40 policiais participaram ontem de reunião na sede do Sinpol, no Centro do Rio. A expectativa era de que 850 agentes participassem. Na sexta-feira, o Sinpol promoverá um ato, às 10h, em frente à Chefia de Polícia Civil, também no Centro.

Fonte: RC24H

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