Negociação entre vigilantes e patronal vai parar no TST e greve continua nesta semana

Impasse gira em torno dos reajustes salariais propostos pelas partes

O impasse continua e a greve dos vigilantes também. Na reunião ocorrida no Ministério do Trabalho, na manhã desta quarta-feira (28), os representantes da categoria trabalhista e das empresas terceirizadas que prestam serviços de vigilância para os bancos, não entraram em acordo. Agora, a decisão caberá ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). A audiência deve ser marcada para os próximos dias.

A divergência está nos índices propostos pelas partes. Enquanto a categoria exige aumento salarial de 10%, ticket de alimentação no valor de R$ 20 e manutenção dos 30% de risco de vida, o patronal propôs aumento de 8%, ticket de alimentação de R$ 13. 

"Querem acabar com o risco de vida, benefício que adquirimos com muita luta. Não aceitamos isso e eles não querem cumprir nossas exigências. Por essa razão vamos para o TST", disse Roberto Barbosa Bruno, um dos diretores da Federação dos Vigilantes do Estado do Rio.

O salário base de um vigilante atualmente é R$ 987. Com o aumento proposto pelo patronal, a remuneração ficaria em R$ 1.066. Já com o reajuste exigido pela categoria, o salário base seria de R$ 1.164,70, acrescido de R$ 349,41 referentes aos 30% de risco de vida, o que culminaria em R$ 1.514. Ou seja, a diferença nas propostas é de R$ 448, por funcionário.

Agora, o desembargador do Tribunal Superior do Trabalho vai analisar as propostas e chegar a um denominador comum. De acordo com Bruno, apesar de não ter entrado em acordo com o patronal, a categoria saiu vitoriosa da audiência desta quarta-feira. "A juíza considerou nossa greve legal e determinou que as empresas não podem descontar os dias em que ficamos parados. Isso nos deixou otirmistas e estamos aguardando a audiência no TST com entusiasmo", finaliza o sindicalista. 

Fonte: RC24H

 

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